É a primeira vez que há evidência real e tangível da biodiversidade de Yucatán graças à tecnologia: Tech4Nature

Mérida, Yucatán. – “Esta é a primeira vez que para esta região temos uma evidência tão real e tangível da biodiversidade”, destacou a coordenadora do Tech4Nature México, Regina Cervera, durante a apresentação do primeiro ano do projeto piloto conjunto entre a Huawei, a C-Minds e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), que tem como objetivo proteger o ecossistema e a fauna local da Reserva Estadual de Dzilam de Bravo, Yucatán, no México, através de um sistema de monitoramento eco-acústico e câmeras infravermelhas.

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A coordenadora de Projetos da agência de inovação C-Minds acrescentou que agora possuem dados que anteriormente não tinham, com os quais buscarão investigar como tornar os processos mais transparentes através da articulação da tríplice hélice: governo, sociedade civil e academia. “A tecnologia sozinha não resolverá nosso problema. É um instrumento”, ressaltou, mas reconheceu que “nos levará a soluções mais escaláveis e eficazes”.

Também disse que a América Latina tem uma grande oportunidade de preservar, conservar e proteger a natureza, uma vez que abriga 40% da biodiversidade mundial e possui as tecnologias necessárias para isso.

A líder do Projeto Lista Verde da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), Nadine Seleem, afirmou que o projeto Tech4Nature a inspira a conservar a natureza por meio da colaboração.

Ela assegurou que a aliança “é muito única”, pois além da colaboração da C-Minds, Huawei e da própria UICN, também participam a comunidade local e a Academia, através da Universidade Politécnica de Yucatán (UPY), e atribuiu o sucesso do projeto a esses dois fatores, a capacidade institucional e o envolvimento das pessoas locais.

“Isso não é visto em outras partes do mundo”, disse a especialista em Ciências Sociais. “O Tech4Nature México é uma colaboração única para a conservação da natureza“.

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Finalmente, ela disse que, com a tecnologia, há uma transformação muito rápida e afirmou que sem poder medir, não seremos capazes de fazer algo de forma efetiva.

Nesse sentido, mencionou que os estudantes da UPY desempenharam um papel fundamental no processamento dos dados, pois sem os algoritmos, se tornariam apenas um depósito de dados.

Por sua vez, o diretor de Estratégia e Marketing para a América Latina da Huawei Cloud, Alfonso Jiménez Lara, detalhou que a América Latina se tornou um berço global de talentos e o México tem sido um líder tecnológico.

Ele afirmou que não há tecnologia sem estratégia e não há estratégia sem tecnologia, e o poder de computação tem nos permitido ser mais competitivos.

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Em relação ao futuro, ele previu que haverá mais e melhores carreiras profissionais, indústrias mais competitivas, famílias mais saudáveis, serviços mais conectados no México e um desenvolvimento mais efetivo e eficiente do Produto Interno Bruto dos países da região.

Fabián Romo, diretor de Sistemas e Serviços Institucionais da Direção Geral de Tecnologias da Informação e Comunicação, afirmou que nos últimos anos a mudança tem sido muito acelerada, tornando difícil assimilar tudo.