Teletime – Samuel Possebon
Para o presidente da Anatel, Leonardo Euler, nem a Anatel errou ao colocar uma data de referência para a realização do leilão de 5G, nem é certo que as interferências causadas nas parabólicas de banda C pelas transmissões de 5G na faixa de 3,5 GHz sejam razão para um atraso no leilão. Esta semana, o conselheiro Vicente Aquino, relator do processo que submeterá o edital de 5G a consulta pública, declarou que a Anatel errou ao fixar uma data para o leilão e atribuiu a demora do edital à necessidade de encontrar uma solução para as interferências.
Para Euler, é importante confiar nos dados levantados pela própria agência. “Nos autos do processo não constam números e questões invisíveis. Houve um imenso trabalho e inúmeras reuniões no âmbito do Comitê de Espectro e Órbita para que esse leilão chegasse ao estágio de relatoria para fins de consulta pública. Nem todos os membros do conselho têm ciência disso e nem todos conhecem o complexo caminho que um leilão precisa percorrer como, por exemplo, as etapas de precificação, que sequer se iniciaram”, diz. Sobre o cronograa, Euler reitera o que já afirmou em outras ocasiões. “Não tenhamos pressa, porém não percamos tempo”, diz, citando José Saramado. “E não escorreguemos em cascas de banana”, completa.