jueves, marzo 30, 2023
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Brasil pretende ‘exportar’ o modelo de prestadoras de pequeno porte

O Brasil estuda replicar o modelo de prestadores de pequeno porte em outros países e, com isso, exportar componentes de redes de telecomunicações.

O Brasil estuda replicar o modelo das prestadoras de pequeno porte (PPPs) em outros países de língua portuguesa da África.

Segundo Aníbal Diniz, ex-conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e consultor da Associação NEO, a proposta foi sugerida pelo presidente da Anatel, Carlos Baigorri, em uma reunião com o presidente da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana.

A ideia é que, “dependendo das condições regulatórias dos países e dependendo do interesse econômico e social da parte deles, podemos levar alguns dos operadores brasileiros que têm essa experiência em expansão de banda larga fixa para atuarem lá”, disse Diniz à DPL News.

Isso é interessante porque o modelo em que os PPPs levam Internet com fibra óptica a cidades onde as grandes empresas não têm interesse de explorar comercialmente é uma característica do Brasil, comentou.

O consultor explicou que a sugestão já foi apresentada para o Ministério das Relações Exteriores, diplomatas e para o grupo de transição das Comunicações

Agora, o tema foi tratado com a Apex porque, “a partir desse modelo, é possível alavancar as exportações brasileiras de produtos de alto valor agregado para redes de telecomunicações que são produzidos em boa qualidade no Brasil e que tem uma participação tímida no mercado externo”.

Diniz afirmou que já tem PPP interessado em investir fora do país para levar o modelo e, com isso, aumentar a demanda de componentes das redes de telecomunicações.

PAIS

Na reunião, também foi discutida a possibilidade de integrar o Programa Amazônia Integrada e Sustentável (PAIS) com as redes de outros países que estão na região Amazônica.

Baigorri levou a proposta de fazer parcerias com esses Estados para que a fibra do Brasil seja continuada. Isso daria redundância à rede do Brasil e seria possível fazer uma ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Mirella Cordeiro
Mirella Cordeiro
Escreve sobre regulação e mercado de telecomunicações, regulação tecnológica, direitos digitais e políticas públicas com ênfase no Brasil. É formada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP).

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