Brasil é o 10º país que mais investe em TI

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O Brasil foi o décimo país que mais investiu em Tecnologia da Informação (TI) em 2021, com US$ 45,7 bilhões. O crescimento do mercado de TI brasileiro foi de 17,4% no ano, acima da média mundial de 11%. Apesar disso, o Brasil é responsável por apenas 1,65% dos investimentos em tecnologia a nível global. 

Os números são do Estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2022, elaborado pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) em parceria com a IDC. O relatório foi lançado nesta quarta-feira, 18.

“Vale destacar que o Brasil, até 2014, figurava em sétima posição nesse ranking”, afirmou Jorge Sukarie Neto, conselheiro da ABES, na apresentação do estudo. Ele explicou que devido às crises de 2015 e da pandemia de Covid-19, o país perdeu algumas posições. “Mas eu tenho uma expectativa que nesse ano de 2022 a gente possa ganhar pelo menos uma posição ou talvez até duas”.

A perspectiva de crescimento do mercado brasileiro em 2022 é de 14,3%, enquanto a média global deve ficar em 6,4%. Caso esse cenário se concretize, o Brasil só perderá para a Turquia, que crescerá 16%.

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Sukarie ressaltou que o investimento em TI considera três verticais: hardware, software e serviços. Do total aportado pelo Brasil, US$ 26,3 bilhões (57,67%) foram para hardware, US$ 11,3 bilhões (24,65%) foram para software, e serviços ficaram com US$ 8,1 bilhões (17,67%).

Isso mostra que o Brasil ainda tem um mercado de TI pouco maduro. “Quanto mais você investe em tecnologia (software e serviços), maior o grau de maturidade do país”, disse Sukarie. “Mas é importante destacar que o Brasil está em uma tendência de chegar cada vez mais próximo da média mundial e dos países desenvolvidos.”

Além disso, ele opina que o mercado brasileiro está em uma posição mais favorável do que os países com os quais o Brasil é mais comparado, como Rússia, México, Índia e China. Essas outras nações investem uma taxa maior em hardware do que em software e serviços.

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Global

O volume total investido em TI foi de US$ 2,79 trilhões, sendo que o líder Estados Unidos é responsável por aproximadamente 38%. A China ocupa o segundo lugar com US$ 333 bilhões e o Japão, a terceira posição do US$ 161 bilhões. 

A América Latina investiu um total de US$ 115 bilhões, dos quais o Brasil é responsável por 39,7%, seguido pelo México, que aportou US$ 23 bilhões, Colômbia, com US$ 10,2 bilhões, e Argentina, com US$ 9,2 bilhões.

Tendências

O estudo ainda apresenta 10 tendências previstas para o Brasil em 2022: 

  1. Demanda maior que a oferta de semicondutores no Brasil;
  2. Os ambientes híbridos, que incluem Cloud e recursos de TI tradicional, estarão presentes em mais de 70% das empresas de médio e grande porte. Os gastos com infraestrutura como serviço (IaaS) na nuvem pública alcançarão US$ 1,9 bilhão em 2022;
  3. As complexidades de cibersegurança e as dificuldades para atração e retenção de profissionais farão com que 76% das empresas de médio e grande porte busquem serviços especializados, que totalizarão US$ 1 bilhão em 2022;
  4. Uso de dados para impulsionar negócios cobrará Analytics, Inteligência Artificial/machine learning e data management na pauta prioritária de mais de 47% das empresas. O investimento total esperado ultrapassa US$ 3 bilhões;
  5. Implantação do 5G standalone e a jornada de ofertas de serviços e clientes. O IDC estima que o 5G movimentará US$ 25,5 bilhões até 2025;
  6. Network as a Service (NaaS) se materializa como opção para infraestrutura de rede;
  7. Device as a Service (DaaS) evoluindo para maior maturidade e ofertas mais abrangentes. O mercado de PCaaS (parte do DaaS) deverá ultrapassar US$ 100 milhões;
  8. Internet das Coisas (IoT) e os desafios para conciliar necessidades de transformação digital, inovação e o pragmatismo da redução de custos. É esperado um total de US$ 1,6 bilhão para IoT em 2022;
  9. Maior participação das áreas de negócio leva provedores de serviços de TI a repensarem seu posicionamento. O mercado de serviços de TI deve movimentar R$ 44 bilhões;
  10. O mercado de dispositivos vestíveis segue a trajetória de crescimento com possibilidade de expansão com parcerias B2B.

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