Valor – Weruska Goeking
A bola rolando nas ruas de favelas e periferias do Brasil nas últimas décadas deu origem a craques do futebol, como Neymar e William, que inspiram muitas gerações de jogadores. Eles agora também integram equipes como “Bonde”, “Fluxo” e “Vivo Keyd”, do game Free Fire, que estão servindo de modelo de carreira bem-sucedida para muitos jovens de comunidades de todo o país.
Praticamente todos (96%) os jovens moradores de comunidades em todo o Brasil gostariam de ser gamers profissionais, segundo levantamento do Instituto Data Favela, em parceria com a Locomotiva – Pesquisa e Estratégia e a Central Única das Favelas (Cufa). Para 29% deles, esse é o maior sonho da vida, mais até do que a compra da casa própria ou do desejo de ser feliz. Os homens, jovens e com renda de até um salário mínimo foram os que mais demonstraram esse ideal.
Nas conversas com os entrevistados, esses rapazes revelaram enxergar a carreira de gamer profissional como uma oportunidade de rápida ascensão social. A chance de obter uma renda acima da média alimenta a possibilidade de realizar sonhos e melhorar a vida de toda a família.