Após o maior leilão de radiofrequências do Brasil, as operadoras de telecomunicações começaram a lançar o 5G nas capitais, seguindo o cronograma determinado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O seguinte passo é ligar a tecnologia em cidades próximas às capitais ou aos municípios com mais de 500 mil habitantes.
A DPL News reuniu todas as cidades onde o 5G já funciona na faixa de 3,5 GHz ao final desta nota, que será atualizada a cada vez que houver um novo lançamento.
5G no Brasil
No leilão do 5G, cada uma das operadoras Claro, TIM e Vivo arremataram 100 MHz dos lotes nacionais na faixa de 3,5 GHz. Com isso, as empresas têm o direito de explorar a tecnologia comercialmente em todo o país.
Entretanto, o 5G só pode ser lançado após a limpeza da faixa, pois atualmente a frequência é utilizada pela TV parabólica antiga. A Entidade Administradora da Faixa (EAF ou Siga Antenado) é a entidade responsável por migrar esse serviço para a banda Ku.
À medida que a EAF faz o trabalho, o Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz), da Anatel, verifica a possibilidade de ativar o 5G sem causar interferência no serviço de TV e autoriza as operadoras a lançarem a tecnologia.
Quando o 5G é ativado?
Já com a liberação do Gaispi, as operadoras devem obedecer a um prazo para ativar o sinal. Segundo o Edital do 5G, as capitais tinham que ter pelo menos uma estação rádio base para cada 100 mil habitantes até setembro de 2022, por exemplo.
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No caso das cidades com mais de 500 mil habitantes, as prestadoras devem ativar uma estação para cada 10 mil habitantes até 31 de julho de 2025.
Estratégia das operadoras
A TIM se destacou em algumas cidades onde instalou antenas suficientes para chegar a todos os bairros desde o primeiro dia de funcionamento, como São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. A expectativa da operadora é que o 5G seja a tecnologia majoritária da sua rede em três anos.
A companhia também lançou o Booster, um pacote adicional para os clientes pós-pago que dá acesso a mais 50 GB de Internet, navegação ilimitada no Twitch, entre outros benefícios.
A Claro afirmou que combina diferentes frequências para garantir uma melhor experiência do usuário no serviço 5G+ (a marca para o 5G em frequência dedicada). São utilizados 100 MHz da faixa de 3,5 GHz, 50 MHz de 2,3 GHz e 20 MHz de 2,1 GHz – esta faixa atualmente é usada para o 4G.
A operadora também lançou novos planos pós-pago com maior quantidade de dados, acesso aos serviços no exterior, franquia adicional de Internet, entre outras novidades. A expectativa é que os usuários consumam mais dados e migrem para pacotes com maior capacidade.
A Vivo tem sido mais discreta em suas operações. A empresa explica que a faixa de 3,5 GHz aumenta a potência e a cobertura do 5G que já está ativo na faixa de 2,3 GHz em algumas cidades.
Como usar o 5G?
As operadoras Claro e Vivo informam que, para usar o 5G Standalone (5G SA), os usuários precisam ter um aparelho celular compatível com a tecnologia e trocar o chip. A troca do SIM Card não é necessária para utilizar o 5G Non Standalone.
A TIM confirma que o dispositivo deve ser compatível com o 5G, mas afirma que apenas clientes com dispositivos Apple precisam trocar o SIM Card. “Existe um novo padrão de SIM Card previsto para 5G que cria uma série de criptografias na comunicação, mas não significa que o que a gente usa hoje no 4G não seja adequado”, explicou Leonardo Capdeville, CTIO da TIM.
“Todos os fabricantes, com exceção da Apple, aceitam operar o 5G SA no SIM Card anterior. A Apple é a única que impõe a troca do chip, mas ela tem o eSIM (chip virtual), que é compatível com o serviço Standalone”, disse. “Entretanto, a Apple ainda não liberou o software no Brasil”.
A diferença entre o serviço 5G SA e NSA (Non Standalone) – padrão tecnológico inicial – é a latência, segundo a operadora.
Cidades com 5G ativado
[table id=1 /]Cidades liberadas para receber o 5G
[table id=6 /]Data de atualização: 23/03/23
