Além dos benefícios de baixa latência e altíssima capacidade de transmissão de dados, o 5G possibilitará a convergência entre as redes fixa e móvel a partir de suas funções.
Luiz Fernando Bourdot, diretor de Evolução Tecnológica de Rede da Claro, apresentou o caso hipotético de uma pessoa que trabalha em casa e que utiliza esse conceito. O executivo participou do seminário virtual 5G e Transformação Digital 2021 nesta quarta-feira, 1º, organizado pela TelecomWebinar.
“A empresa onde Jane [personagem hipotética] trabalha gostaria que ela tivesse um serviço mais confiável, então vai aplicar uma qualidade de serviço maior do que a que ela tem e também com mais confiabilidade”, afirmou.
Nesse caso, será criada uma nova rede Wi-Fi na casa de Jane, onde ela terá acesso à rede da empresa, ao mesmo tempo em que continua tendo o serviço residencial, compartilhado com sua família.
“Esse novo acesso corporativo vai contar com acesso fixo ou acesso móvel, através de um FWA, indo até a rede da empresa. Além da separação do tráfego, também tem um serviço com mais confiabilidade, porque agora a Jane conta com duas redes distintas”, explicou o executivo. A empresa pode controlar o serviço remotamente por meio de APIs, acrescentou.
Segundo Bourdot, isso é um benefício para a trabalhadora, porque terá um serviço de maior qualidade provido pelo empregador e que não se confunde com seu acesso particular. Também é benéfico para o operador, que poderá ter mais clientes empresariais com essa modalidade de serviço. “Isso vai criar uma receita adicional no acesso fixo”, comentou.
E a empresa vai oferecer um ambiente de trabalho mais produtivo para a funcionária, com mais segurança, “e vai pagar apenas o que ela adicionou ao serviço básico.”
O executivo explica que essa convergência de redes fixa e móvel pode começar a ser implementada a partir de 2022, justamente quando o 5G começará a ser habilitado no Brasil.
“É um exemplo de novas possibilidades de negócios que podem surgir com essa convergência a partir do core da rede 5G e mudanças na arquitetura da rede”, concluiu.